quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Ana Terra

Èrico Veríssimo nasceu em 17/12/1905, é natural de Cruz Alta- Rs, sua morte 28/11/1975. Escreveu romances, novela, leitura infanto-juvenil, narrativas de viagens, autobiografias, ensaios, biografias e compilações.



Livros do autor foram traduzidos para o alemão, espanhol, finlandês, francês, holandês, húngaro, indonésio, inglês, italiano, japonês, norueguês, polonês, romeno, russo, sueco e tcheco.


Composta de três romances.

O tempo e o vento O Continente, O Retrato e O Arquipélago –,

A obra traz acontecimentos e histórias de dimensões épicas,
Que narram 200 anos do processo de formação do estado do Rio Grande do Sul.

Com a publicação de “O tempo e o Vento”, o regionalismo do Rio Grande do Sul atigiu a maturidade estética. A sua forma exuberante, livre, repleta de imaginação, símbolos, alegorias e mitos falam, ao mesmo tempo, á inteligência e a sensibilidade. Abarca o regional e o universal. O fluxo narrativo assemelha-se a um rio caudaloso, com quedas, cachoeiras e remansos. A exuberância vital explode em todos os sentidos. A vida biológica, animal, social, intelectual, moral e religiosa, numa espécie de palco giratório... A temática alarga e aprofunda ainda mais a visão do homem dos pampas.

Ana terra, ela representa o símbolo conotador da terra do Rio Grande do Sul. A saga reconstitui através de uma imagem simbólica de mulher-píntese, que congrega toda a história da terra gaúcha- épica e trágica. Ana terra é símbolo de força, de coragem e determinação. Símbolo benquerente e simpático de mulher gaúcha. Lembra a Mãe-terra da mitologia antiga. Na personagem


Ana Terra se reedita o primeiro dia da criação, a imagem primitiva da fecundação, enquanto antítese da morte.


Diz Erico: ‘Penso nela como uma espécie de sinônimo de mãe, ventre, terra, raiz, verticalidade, permanência, paciência, espera, perseverança, coragem moral.’

Ana Terra descobre, nas terras de seu pai, Maneco Terra, um índio ferido, de tez relativamente clara (Pedro Missioneiro). Olhado com desconfiança pela Terra, o índio se recupera e acaba permanecendo na fazenda como uma espécie de agregado. Surpreende a todos com suas habilidades campeiras, com seu repertório de histórias e lendas e com sua capacidade de tocar flauta. Na primeira vez que Pedro executa uma música, Ana é tomada de grande emoção:
"Sentiu então uma tristeza enorme, um desejo amolecido de chorar. Ninguém ali na estância tocava nenhum instrumento. Ana não se lembrava de jamais ter ouvido música naquela casa."


OURIQE, Cláudio.

O Tempo e o Vento: Ana terra. Disponível em:. Acesso em 27/10/2011






Em: Acesso em 27/10/2011



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